domingo, 24 de julho de 2011

Geeks/Nerds

Pra quem não sabe, a expressão geek teve seu primeiro registro em 1876, como sinônimo de fool (em inglês, bobo) e posteriormente passou a designar artistas ambulantes que ganhavam a vida exibindo-se nas ruas, em performances que incluíam arrancar a cabeça de uma galinha viva com os dentes ou comer insetos WAAAAT (em inglês, bugs). Por analogia, passou-se a designar como computer geek aquele que ganha à vida “comendo” bugs de computador.

A expressão geek só adquiriu características positivas depois da explosão “.com” dos anos 90, quando a tecnologia ganhou status de poder. Nos anos 90, o “Jargon File”, um léxico criado pela primeira geração de pioneiros da internet, definiu geek como “uma pessoa que escolheu a concentração no lugar da conformidade, alguém que busca objetivo (em particular, técnico) e imaginação, não a adequação social padronizada. Geeks em geral sofrem de neofilia (atração por tudo aquilo que é novidade) e são adeptos de computadores”.

Para o psicólogo Erick Itakura, do Núcleo de Pesquisa em Psicologia e Informática da Clínica da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, geek e nerd são a mesma coisa. Em sua opinião, o que mudou ao longo dos anos foi a aceitação social das pessoas ligadas em tecnologia.
Já para o ara o sociólogo Massimo Di Felice, professor da Universidade de São Paulo, não se trata de geek estar na moda e sim de esse ser um estilo de vida da nossa época, já que as pessoas estão cada vez mais conectadas. “A diferença é que uns têm mais consciência disso. A moda, diz, está cada vez mais ligada a uma identidade pessoal. Além de criar um estilo de ser para se diferenciar dos demais, ao mesmo tempo a pessoa se reconhece dentro do grupo de pares”, completa.
Segundo Massimo, os jovens, independentemente da época, costumam manifestar desejos de auto-afirmação. “Assim como antigamente existia uma tradição ideológica e política com o uso de camisetas do Che Guevara, hoje a auto-afirmação passa pela tecnologia”, explica.
(atire a primeira pedra aquele que não tem camisetas com temática tecnológica, gamer ou nerd)
Agora pare, e pegue no bumbum pense: E as meninas?

Talvez nem tão estereotipadas quanto os meninos nerds na adolescência, mas você também deve se lembrar de alguma garota nerd. Aquela que sempre fazia as lições de casa para os amigos, mas que nunca tinha par para dançar quadrilha na festa junina. OI? OI? EU? CHAMOU?
Essas mesmas meninas que tiveram uma adolescência sem o glamour de ser rainha do baile, passaram boa parte do tempo lendo, jogando videogame e se interessando por um mundo nem tão feminino assim.
O mundo geek ainda é parte de um universo predominantemente masculino. Mas isso não significa que mulheres não se interessem pelo assunto, muito pelo contrário! Você sabia que dados da The Entertainment Software Association, empresa responsável pela organização da E3 – a maior e mais importante feira dedicada a jogos eletrônicos – e por uma série de pesquisas relacionadas a games, mostram que 40% do publico gamer dos EUA é MULHER! MULHER! Isso mesmo: Xoxotoca Loca!
E elas também são responsáveis por 46% das aquisições de jogos e 42% do público de games online.
As garotas geeks (e eu não tô falando do blog!) vem ganhando espaço nesse universo tecnológico, e elas estão muito além do estereótipo acima do peso, com óculos fundo de garrafa e espinhas pelo rosto. Conhecimentos sobre Street Figther e World of Warcraft deixaram de ser coisa exclusiva de macho por aqui. A garota geek tem 90% do grupo de amigos constituído por homens – que arrotam na cara dela, porque ela é um dos caras –, fazem seu próprio layout de blog em XHTML e PHP e sabem muito mais do que só dar um meia-lua pra frente e soco
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