segunda-feira, 16 de julho de 2012

frases e imagens

Foto: Brilhe!

Foto: Ok? Então tá certo!!!

Foto: Eu sei, eu sei...

Foto: Je t'aime!

Foto

Foto











algumas frases

 Eu inventei de tomar uma dose de sentimentos e estou de ressaca até hoje...






- Então não perca seu tempo comigo. Eu não sou um corpo que você achou na noite. Eu não sou uma boca que precisa ser beijada por outra qualquer. Eu não preciso do seu dinheiro. Muito menos do seu carro. Mas, talvez, eu precise dos seus braços fortes. Das suas mãos quentes. Do seu colo pra eu me deitar. Do seu conselho quando meu lado me…nina não souber o que fazer do meu futuro. Eu não vou te pedir nada. Não vou te cobrar aquilo que você não pode me dar. Mas uma coisa, eu exijo. Quando estiver comigo, seja todo você. Corpo e alma. Às vezes, mais alma. Às vezes, mais corpo. Mas, por favor, não me apareça pela metade. Não me venha com falsas promessas. Eu não me iludo com presentes caros. Não, eu não estou à venda. Eu não quero saber onde você mora. Desde que você saiba o caminho da minha casa. Eu não quero saber quanto você ganha. Quero saber se ganha o dia quando está comigo...






Foto: - Todo dia eu penso: podia sentir menos e menos e menos. Mas não adianta, tudo me atinge, abala, afeta, arrebata, maltrata, alegra, violenta de uma forma absurda e intensa. Nasci pra ser intensa e dramática...

Clarissa Corrêa.


- FATO: O alucinógeno mais potente no planeta se chama Amor. Intoxicação imediata! Você vai ficar imaginando coisas que não existem...

 Sou tímida. Um montão de gente ri quando falo isso, mas sou tí-mi-da. Só quem me conhece a fundo sabe. É que sou o tipo de gente que todo mundo pensa que conhece. Mas se enganam feio. Pouquíssima gente me desvenda. Mostro só o que quero. Não por maldade, mas por proteção. A gente tem que aprender a se proteger. Das escolhas dos outros. E até mesmo das nossas próprias escolhas....


Foto: - Sou tímida. Um montão de gente ri quando falo isso, mas sou tí-mi-da. Só quem me conhece a fundo sabe. É que sou o tipo de gente que todo mundo pensa que conhece. Mas se enganam feio. Pouquíssima gente me desvenda. Mostro só o que quero. Não por maldade, mas por proteção. A gente tem que aprender a se proteger. Das escolhas dos outros. E até mesmo das nossas próprias escolhas....

 Clarissa Corrêa

- Antes de julgar a minha vida ou o meu caráter… calce os meus sapatos e percorra o caminho que eu percorri, viva as minhas tristezas, as minhas dúvidas e as minhas alegrias. Percorra os anos que eu percorri, tropece onde eu tropecei e levante-se assim como eu fiz. E então, só aí poderás julgar. Cada um tem a sua própria história. Não compare a sua vida com a dos outros. Você não sabe como foi o caminho que eles tiveram que trilhar na vida...


Foto: - Me desculpa, mas eu não sei amar pela metade. Eu não sei precisar apenas de vez em quando...


Uns querem um final feliz. Eu só quero a parte do feliz, do final eu não quero nem saber!



Me poupe da sua falsidade, que eu te pouparei da minha grosseria ok !

Foto: - Me poupe da sua falsidade, que eu te pouparei da minha grosseria ok !

- E quando perguntarem do seu passado, simplesmente responda: Eu não vivo mais lá...

Tudo bem, eu até entendo que algumas mulheres dão a má sorte de encontrar canalhas formados em ”engenharia da mentira”, e aí consequentemente as coitadas são iludidas e enganadas, compreensível. Mas uma coisa que eu tenho nojo é de mulher otária, que se deixa enganar por qualquer cafajeste de ”nivel fundamental”, o cara não sabe nem mentir o nome dele, e a mulher acredita em cada palavra mal dita do imbecil. Ah filhinha, aí tem que sofrer mesmo viu? Tem que sofrer pra ver se chorando abre espaço pro teu cérebro respirar....

Foto: - Tudo bem, eu até entendo que algumas mulheres dão a má sorte de encontrar canalhas formados em ”engenharia da mentira”, e aí consequentemente as coitadas são iludidas e enganadas, compreensível. Mas uma coisa que eu tenho nojo é de mulher otária, que se deixa enganar por qualquer cafajeste de ”nivel fundamental”, o cara não sabe nem mentir o nome dele, e a mulher acredita em cada palavra mal dita do imbecil. Ah filhinha, aí tem que sofrer mesmo viu? Tem que sofrer pra ver se chorando abre espaço pro teu cérebro respirar....

 Tati Bernardi

 E foi tão bom constatar que não me atinge mais. Não me entristece, não me aborrece, não me tira o sono. Passa por mim, mas, não me atravessa...


Foto: - E se o príncipe não se encantar, eu tiro ele da história...

 Tati Bernardi

domingo, 3 de junho de 2012

Homem x Mulher


kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk hilario 

O homem nu de Fernando Sabino


O Homem Nu
                Fernando Sabino 

Ao acordar, disse para a mulher:
— Escuta, minha filha: hoje é dia de pagar a prestação da televisão, vem aí o sujeito com a conta, na certa.  Mas acontece que ontem eu não trouxe dinheiro da cidade, estou a nenhum.
— Explique isso ao homem — ponderou a mulher.
— Não gosto dessas coisas. Dá um ar de vigarice, gosto de cumprir rigorosamente as minhas obrigações. Escuta: quando ele vier a gente fica quieto aqui dentro, não faz barulho, para ele pensar que não tem ninguém.   Deixa ele bater até cansar — amanhã eu pago.
Pouco depois, tendo despido o pijama, dirigiu-se ao banheiro para tomar um banho, mas a mulher já se trancara lá dentro. Enquanto esperava, resolveu fazer um café. Pôs a água a ferver e abriu a porta de serviço para apanhar o pão.  Como estivesse completamente nu, olhou com cautela para um lado e para outro antes de arriscar-se a dar dois passos até o embrulhinho deixado pelo padeiro sobre o mármore do parapeito. Ainda era muito cedo, não poderia aparecer ninguém. Mal seus dedos, porém, tocavam o pão, a porta atrás de si fechou-se com estrondo, impulsionada pelo vento.
Aterrorizado, precipitou-se até a campainha e, depois de tocá-la, ficou à espera, olhando ansiosamente ao redor. Ouviu lá dentro o ruído da água do chuveiro interromper-se de súbito, mas ninguém veio abrir. Na certa a mulher pensava que já era o sujeito da televisão. Bateu com o nó dos dedos:
— Maria! Abre aí, Maria. Sou eu — chamou, em voz baixa.
Quanto mais batia, mais silêncio fazia lá dentro.
Enquanto isso, ouvia lá embaixo a porta do elevador fechar-se, viu o ponteiro subir lentamente os andares…  Desta vez, era o homem da televisão!
Não era. Refugiado no lanço da escada entre os andares, esperou que o elevador passasse, e voltou para a porta de seu apartamento, sempre a segurar nas mãos nervosas o embrulho de pão:
— Maria, por favor! Sou eu!
Desta vez não teve tempo de insistir: ouviu passos na escada, lentos, regulares, vindos lá de baixo… Tomado de pânico, olhou ao redor, fazendo uma pirueta, e assim despido, embrulho na mão, parecia executar um ballet grotesco e mal ensaiado. Os passos na escada se aproximavam, e ele sem onde se esconder. Correu para o elevador, apertou o botão. Foi o tempo de abrir a porta e entrar, e a empregada passava, vagarosa, encetando a subida de mais um lanço de escada. Ele respirou aliviado, enxugando o suor da testa com o embrulho do pão.
Mas eis que a porta interna do elevador se fecha e ele começa a descer.
— Ah, isso é que não!  — fez o homem nu, sobressaltado.
E agora? Alguém lá embaixo abriria a porta do elevador e daria com ele ali, em pêlo, podia mesmo ser algum vizinho conhecido… Percebeu, desorientado, que estava sendo levado cada vez para mais longe de seu apartamento, começava a viver um verdadeiro pesadelo de Kafka, instaurava-se naquele momento o mais autêntico e desvairado Regime do Terror!
— Isso é que não — repetiu, furioso.
Agarrou-se à porta do elevador e abriu-a com força entre os andares, obrigando-o a parar.  Respirou fundo, fechando os olhos, para ter a momentânea ilusão de que sonhava. Depois experimentou apertar o botão do seu andar. Lá embaixo continuavam a chamar o elevador.  Antes de mais nada: “Emergência: parar”. Muito bem. E agora? Iria subir ou descer?  Com cautela desligou a parada de emergência, largou a porta, enquanto insistia em fazer o elevador subir. O elevador subiu.
— Maria! Abre esta porta! — gritava, desta vez esmurrando a porta, já sem nenhuma cautela. Ouviu que outra porta se abria atrás de si.
Voltou-se, acuado, apoiando o traseiro no batente e tentando inutilmente cobrir-se com o embrulho de pão. Era a velha do apartamento vizinho:
— Bom dia, minha senhora — disse ele, confuso.  — Imagine que eu…
A velha, estarrecida, atirou os braços para cima, soltou um grito:
— Valha-me Deus! O padeiro está nu!
E correu ao telefone para chamar a radiopatrulha:
— Tem um homem pelado aqui na porta!
Outros vizinhos, ouvindo a gritaria, vieram ver o que se passava:
— É um tarado!
— Olha, que horror!
— Não olha não! Já pra dentro, minha filha!
Maria, a esposa do infeliz, abriu finalmente a porta para ver o que era. Ele entrou como um foguete e vestiu-se precipitadamente, sem nem se lembrar do banho. Poucos minutos depois, restabelecida a calma lá fora, bateram na porta.
— Deve ser a polícia — disse ele, ainda ofegante, indo abrir.
Não era: era o cobrador da televisão.
Esta é uma das crônicas mais famosas do grande escritor mineiro Fernando Sabino. Extraída do livro de mesmo nome, Editora do Autor - Rio de Janeiro, 1960, pág. 65.
Este texto foi uma dica da professora Daniela de Redação que leu o mesmo para a turma há algum tempo atrás.

   

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

sábado, 2 de junho de 2012

frases vingativas, irônicas.....

Nada melhor que ignorar sms de gente insuportável, e desligar na cara de pessoas sem noção.


Não pague com a mesma moeda, a indiferença machuca muito mais.


As pessoas mudam, ignoram, desprezam e não se importam. Mas acho que elas não sabem, que eu também sei fazer tudo isso e muito pior.


Tem gente que passou pela minha vida, e deixou um gostinho de quero mais.....
.

.
.     .................Quero mais é que se foda.

Não mudei, deixei de ser idiota. Não deixei de acreditar, passei a desconfiar. Não deixei de sentir, parei de demonstrar.

Sou antipático mesmo e não estou nem um pouco interessado se isso te agrada ou não.

Foto: O bom de ser irônico é que você nunca vai saber se eu estava rindo para você ou de você.

O bom de ser irônico é que você nunca vai saber se eu estava rindo para você ou de você.

Não é medo de amar, é que no momento não tem ninguém que mereça.

Só não te mando para o Inferno porque não sei onde compra as passagens

É claro que eu ainda tenho um coração. E ele bate. Mas não é por você, é por mim.

Nada melhor do que ver a pessoa morrer com o próprio veneno

E se eu te chamar de amor, não se engane, o mais provável é que eu tenha esquecido o seu nome!

Foto: Só não te mando para o Inferno porque não sei onde compra as passagens

Eu não sou frio, eu apenas não demonstro meus sentimentos, pra não quebrar a cara, mais uma vez.

E o brinde do dia vai para os idiotas que passaram por nossas vidas e nos ensinaram uma grande lição: Nenhum lixo merece moral.

Quando minha paciência vai embora, a ironia vira minha melhor amiga.


Acredite, as pessoas são assim: Elas te ignoram, mas quando precisam, lembram que você existe.

E se entrar alguém no seu caminho, com a intenção de te derrubar, não desvie, passe por cima.

Não me alimento de "quases", não me contento com a metade. Nunca serei seu meio amigo(a), ou seu meio amor.. é tudo ou nada.

Foto: Não me alimento de "quases", não me contento com a metade. Nunca serei seu meio amigo(a), ou seu meio amor.. é tudo ou nada.

"Sabe como eu lido com pessoas que me odeiam e querem me ver mal? Olho nos olhos delas e digo: - "Oi, linda como você está?". Sabe como é o nome disso? INDIFERENÇA. E isso é pior do que qualquer palavra suja que você diga a ela, e sem dúvidas fere muito mais, demonstra superioridade". - Megan Fox.

Não mudo por ninguém, não gosta de mim, Foda-se.


100% dos menininhos que dizem "AS MINA PIRA", nunca fizeram, nem são capazes de fazer uma mulher realmente pirar.

Ironia: Os invejosos te odeiam, mas querem ser como você.

Como se eu me importasse com a sua insignificância.

Quer me ver sem reação? Me beije do nada.

Foto: Existe gente que precisa da ausência para querer a presença. O ser humano não é absoluto. Ele titubeia, tem dúvidas e medos, mas se a pessoa realmente gostar, ela volta.

Só toma cuidado. Eu sei esquecer, ignorar e muito melhor. Sei me vingar. ;)

Não queria rir da cara dos outros mas tem gente que pede.






Por quê? Porque eu acredito. - frase

 Não sou mulher maravilha, super mulher ou algo do gênero. Me decepciono, quebro a cara, me desaponto, me estrepo. Só que eu junto os pedaços e começo tudo de novo. Por quê? Porque eu acredito. Simplesmente acredito que as coisas dão certo. Não deram. Mas eu acredito em gente boa e em gente má. Força do bem e força do mal. Acho que se a gente faz o bem ele vai voltar. Ele sempre volta. Se o coração da gente é puro a gente tem alegria nessa vida...!


Foto: - Somos donos dos nossos atos, mas não somos donos dos nossos sentimentos. Somos culpados pelo que fazemos, mas não somos culpados pelo que sentimos...

Mário Quintana. 
Clarissa Corrêa.

sou uma princesa - frase


 Você nunca foi um príncipe, mas obrigada por ter me feito 
perceber que eu sim, 
sou uma princesa. e no meu reino querido, sapo não entra...

Tati Bernardi

jogo limpo - frase

 Por isso, sou a favor do jogo limpo. 
Se uma coisa te feriu e te machucou, diz. 
Se uma coisa ficou entalada na garganta, cospe.
 Se uma coisa tá incomodando, tá te apertando, tira. 
A vida fica mais simples assim...
Foto: - Por isso, sou a favor do jogo limpo. Se uma coisa te feriu e te machucou, diz. Se uma coisa ficou entalada na garganta, cospe. Se uma coisa tá incomodando, tá te apertando, tira. A vida fica mais simples assim...

Clarissa Corrêa

Clarissa Corrêa

Primeira Depilação

Véi rachei de ri, vale a pena ler ... 
 

Relatos da Primeira Depilação!

"Tenta sim. Vai ficar lindo..."

Foi assim que decidi, por livre e espontânea pressão de amigas, me render à depilação na virilha. Falaram que eu ia me sentir dez quilos mais leve. Mas acho que pentelho não pesa tanto assim. Disseram que meu namorado ia amar, que eu nunca mais ia querer outra coisa. Eu imaginava que ia doer, porq...ue elas ao menos m...e avisaram que isso aconteceria. Mas não esperava que por trás disso, e bota por trás nisso, havia toda uma indústria pornô-ginecológica-estética.

- Oi, queria marcar depilação com a Penélope.
- Vai depilar o quê?
- Virilha.
- Normal ou cavada?

Parei aí. Eu lá sabia o que seria uma virilha cavada. Mas já que era pra fazer, quis fazer direito.

- Cavada mesmo.
- Amanhã, às... Deixa eu ver...13h?
- Ok. Marcado.

Chegou o dia em que perderia dez quilos. Almocei coisas leves, porque sabia lá o que me esperava, coloquei roupas bonitas, assim, pra ficar chique. Escolhi uma calcinha apresentável. E lá fui. Assim que cheguei, Penélope estava esperando. Moça alta, mulata, bonitona. Oba, vou ficar que nem ela, legal. Pediu que eu a seguisse até o local onde o ritual seria realizado. Saímos da sala de espera e logo entrei num longo corredor. De um lado a parede e do outro, várias cortinas brancas. Por trás delas ouvia gemidos, gritos, conversas. Uma mistura de "Calígula" com "O albergue".

Já senti um frio na barriga ali mesmo, sem desabotoar nem um botão. Eis que chegamos ao nosso cantinho: uma maca, cercada de cortinas.
- Querida, pode deitar.

Tirei a calça e, timidamente, fiquei lá estirada de calcinha na maca. Mas a Penélope mal olhou pra mim. Virou de costas e ficou de frente pra uma mesinha. Ali estavam os aparelhos de tortura. Vi coisas estranhas. Uma panela, uma máquina de cortar cabelo, uma pinça. Meu Deus, era O Albergue mesmo.
De repente ela vem com um barbante na mão. Fingi que era natural e sabia o que ela faria com aquilo, mas fiquei surpresa quando ela passou a cordinha pelas laterais da calcinha e a amarrou bem forte.

- Quer bem cavada?
- .é... é, isso.
Penélope então deixou a calcinha tampando apenas uma fina faixa da Abigail, nome carinhoso de meu órgão, esqueci de apresentar antes.
- Os pêlos estão altos demais. Vou cortar um pouco senão vai doer mais ainda.
- Ah, sim, claro.
Claro nada, não entendia porra nenhuma do que ela fazia. Mas confiei. De repente, ela volta da mesinha de tortura com uma esp átula melada de um líquido viscoso e quente (via pela fumaça).

- Pode abrir as pernas.
- Assim?
- Não, querida. Que nem borboleta, sabe? Dobra os joelhos e depois joga cada perna pra um lado.
- Arreganhada, né?
Ela riu. Que situação. E então, Pê passou a primeira camada de cera quente em minha virilha Virgem. Gostoso, quentinho, agradável. Até a hora de puxar.
Foi rápido e fatal. Achei que toda a pele de meu corpo tivesse saído, que apenas minha ossada havia sobrado na maca. Não tive coragem de olhar. Achei que havia sangue jorrando até o teto. Até procurei minha bolsa com os olhos, já cogitando a possibilidade de ligar para o Samu. Tudo isso buscando me concentrar em minha expressão, para fingir que era tudo supernatural.
Penélope perguntou se estava tudo bem quando me notou roxa. Eu havia esquecido de respirar. Tinha medo de que doesse mais.
- Tudo ótimo. E você?

Ela riu de novo como quem pensa "que garota estranha". Mas deve ter aprendido a ser simpática para manter clientes. O processo medieval continuou. A cada puxada eu tinha vontade de espancar Penélope. Lembrava de minhas amigas recomendando a depilação e imaginava que era tudo uma grande sacanagem, só pra me fazer sofrer. Todas recomendam a todos porque se cansam de sofrer sozinhas.
- Quer que tire dos lábios?
- Não, eu quero só virilha, bigode não.
- Não, querida, os lábios dela aqui ó.
Não, não, pára tudo. Depilar os tais grandes lábios ? Putz, que idéia. Mas topei. Quem está na maca tem que se fuder mesmo.
- Ah, arranca aí. Faz isso valer a pena, por favor.
Não bastasse minha condição, a depiladora do lado invade o cafofinho de Penélope e dá uma conferida na Abigail.
- Olha, tá ficando linda essa depilação.
- Menina, mas tá cheio de encravado aqui. Olha de perto.
Se tivesse sobrado algum pentelhinho, ele teria balançado com a respiração das duas. Estavam bem perto dali. Cerrei os olhos e pedi que fosse um pesadelo.
"Me leva daqui, Deus, me teletransporta". Só voltei à terra
quando entre uns blábláblás ouvi a palavra pinça.
- Vou dar uma pinçada aqui porque ficaram um pelinhos, tá?
- Pode pinçar, tá tudo dormente mesmo, tô sentindo nada.
Estava enganada. Senti cada picadinha daquela pinça filha da mãe arrancar cabelinhos resistentes da pele já dolorida. E quis matá-la. Mas mal sabia que o motivo para isso ainda estava por vir.
- Vamos ficar de lado agora?
- Hein?
- Deitar de lado pra fazer a parte cavada.
Pior não podia ficar. Obedeci à Penélope. Deitei de ladinho e fiquei esperando novas ordens.
- Segura sua bunda aqui?
- Hein?
- Essa banda aqui de cima, puxa ela pra afastar da outra banda.
Tive vontade de chorar. Eu não podia ver o que Pê via. Mas ela estava de cara para ele, o olho que nada vê. Quantos haviam visto, à luz do dia, aquela cena? Nem minha ginecologista. Quis chorar, gritar, peidar na cara dela, como se pudesse envenená-la.
Fiquei pensando nela acordando à noite com um pesadelo. O marido perguntaria:
- Tudo bem, Pê?
- Sim... sonhei de novo com o cu de uma cliente.
Mas de repente fui novamente trazida para a realidade. Senti o aconchego falso da cera quente besuntando meu Twin Peaks. Não sabia se ficava com mais medo da puxada ou com vergonha da situação. Sei que ela deve ver mil cus por dia. Aliás, isso até alivia minha situação. Por que ela lembraria justamente do meu entre tantos? E aí me veio o pensamento: peraí, mas tem cabelo lá? Fui impedida de desfiar o questionamento. Pê puxou a cera. Achei que a bunda tivesse ido toda embora. Num puxão só, Pê arrancou qualquer coisa que tivesse ali. Com certeza não havia nem uma preguinha pra contar a história mais. Mordia o travesseiro e grunhia ao mesmo tempo. Sons guturais, xingamentos, preces, tudo junto.
- Vira agora do outro lado.
Porra.. por que não arrancou tudo de uma vez? Virei e segurei novamente a bandinha. E então, piora. A broaca da salinha do lado novamente abre a cortina.
- Penélope, empresta um chumaço de algodão?
Apenas uma lágrima solitária escorreu de meus olhos. Era dor demais, vergonha demais. Aquilo não fazia sentido. Estava me depilando pra quem? Ninguém ia ver o tobinha tão de perto daquele jeito. Só mesmo Penélope. E agora a vizinha inconveniente.
- Terminamos. Pode virar que vou passar maquininha.
- Máquina de quê?!
- Pra deixar ela com o pêlo baixinho, que nem campo de futebol.
- Dói?
- Dói nada.
- Tá, passa essa merda...
- Baixa a calcinha, por favor.

Foram dois segundos de choque extremo: "Baixe a calcinha".... como alguém fala isso sem antes pegar no peitinho? Mas o choque foi substituído por uma total redenção. Ela viu tudo, da perereca ao cu. O que seria baixar a calcinha? E essa parte não doeu mesmo, foi até bem agradável.

- Prontinha. Posso passar um talco?
- Pode, vai lá, deixa a bicha grisalha.
- Tá linda! Pode namorar muito agora.
Namorar...namorar?!... eu estava com
sede de vingança.
Admito que o resultado é bonito, lisinho, sedoso. Mas doía e incomodava demais. Queria matar minhas amigas. Queria virar feminista, morrer peluda, protestar contra isso. Queria fazer passeatas, criar uma lei anti-depilação cavada.
Mas eu ainda estou na luta...


Essa é uma singela homenagem para nós mulheres !